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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Poesia, um santo remédio!!

Navegando pela net, encontrei esse blog maravilhoso... visitem, é bastante interessante!



São vários os temas: para curar dor de cotovelo, para matar saudade, para sorrir, para se apaixonar, para amar e até personalizada! Cada caixinha contém um receituário (cartão), bula e um frasco contendo 15 cápsulas com poesias, frases e haikais sobre o tema, para presentar amigos e pessoas queridas!” (Fonte: Blog do projeto Poesia, um santo remédio)
Larissa diz – na reportagem que você encontra no vídeo abaixo – que esse é um projeto para reaproximar as pessoas da poesia escrita, já que vivemos em um momento totalmente digital.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Depois de tanto tempo...

POESIA E PROSA

Pode-se escrever em prosa ou em verso.

Quando se escreve em prosa, a gente enche a
linha do caderno até o fim, antes de passar
para a outra linha.

E assim por diante até o final da página.

Em poesia não: a gente muda de linha antes do
fim, deixando um espaço em branco antes de ir
para a linha seguinte.

Essas linhas incompletas se chamam versos.

Acho que o espaço em branco é para o leitor
poder ficar pensando.

Pensando bem no que o poeta acabou de dizer.

Algumas vezes, lendo um verso, a gente tem de
voltar aos versos de trás para entender
melhor o que ele quis dizer.

Principalmente quando há uma rima, isto é,
uma palavra com o mesmo som de outra lida há
pouco.

Então a gente vai procurá-la para ver se é

A prosa é como um trem, vai sempre em frente.
A poesia é como o pêndulo dos relógios de
parede de antigamente, que ficava balançando
de um lado para o outro.

Embora balançasse sempre no mesmo lugar, o
pêndulo não marcava sempre a mesma hora.
Avançava de minuto a minuto, registrando a
passagem das horas: 1, 2, 3, até 12.

Também a poesia vai marcando, na passagem da
vida, cada minuto importante dela.

De tanto ir e vir de um verso a outro, de uma
rima a outra, a gente acaba decorando um
poema e guardando na memória.

E quando vê acontecer alguma coisa parecida
com um poema que já leu, a gente logo se
recorda dele.

Geralmente a prosa entra por um ouvido e sai
pelo outro.

A poesia não: entra pelo ouvido e fica no
coração.

(José Paulo Paes – Vejam como eu sei escrever- São Paulo: Ática, 2002.)